Descrição
A partir da busca por conhecimento compartilhado entre a pintura e a música, a performance propõe a interpretação das paisagens pintadas através do piano. As impressões das “paisagens-impressões” se convertem em potenciais partituras para serem interpretadas no instrumento. **
Nesta ocasião, vai ser realizada uma apresentação no Parque Lage, na cidade do Rio de Janeiro. Como um laboratório experimental no lugar, o piano é deslocado de seu cenário habitual e levado ao espaço exterior dos jardins, onde o pintor e o pianista realizarão sua própria interpretação da paisagem (ou um segmento da mesma: uma planta? Uma flor? Ou o que se vê desde a janela?). Finalizado este primeiro ato, algumas das paisagens pintadas previamente pelo pintor se tornam potenciais partituras que serão reinterpretadas pelo músico.
** Tanto a pintura de paisagens como a música produzida no piano se cruzam em suas origens similares. O desenvolvimento da pintura de paisagens se deu paralelamente ao desenvolvimento do instrumento. O espírito romântico implicava na predisposição à ideia da contemplação da paisagem, ou seja, a projeção do sentimento interior aos fenômenos atmosféricos e a geografia observada. Também, por outro lado, a ideia de manifestação dos sentimentos desejava ser expressada através do instrumento pela excelência do piano como tal.