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Metadados
Título
[Clipping sobre a exposição 'Estopim e Segredo']
Número de Registro
BREAVFS-0285
Fundo
Data e Local
15/12/2019 até 08/03/2020, Rio de Janeiro, Brasil.
Suporte
Setor / Local
Espécie Documental
Curador / Organizador
Coordenação: Clarissa diniz, Gleyce kelly heitor, Ulisses carrilho.
Participantes
Participantes: alexandre brasil, ana almeida, ana carolina videira, ana clara tito, arthur palhano, camilla braga, carla villa-lobos, daniel santiso, fernanda andrade, gabriel martinho, gilson andrade, jonas esteves, juan barbosa, lorena pazzanese, matheus bastardo, max wíllà morais, michel masson, mulambö, nathalie nery, pv dias, sophia pinheiro, viviane laprovita.
Formato
Forma
Original
Cromia
Apoio / Realização
EAV, Ameav, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, IcmBio.
Biografia
Esta exposição não conclui um curso: ela o integra e, mais além, o prorroga. Concebida com e pelas pessoas artistas do programa de Formação e Deformação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage – que ao longo de 2019 conviveram intensivamente e, juntas, vivenciaram um curso marcado menos pelo que se ensina e mais por saberes compartilhados num processo de mútua aprendizagem –, Estopim e segredo é uma exposição em cinco cortes. Como uma anti-conclusão, a mostra não desfecha o curso, mas o mantém em aberto através da invenção de outras formas de habitá-lo. Com uma abertura e um encerramento coletivos entremeados por cinco cortes durante os quais as cavalariças do Parque Lage serão ocupadas por pequenos grupos das artistas do programa, Estopim e segredo estende-se até março de 2020 em estado de contínua criação: desta vez ampliando as escutas e as trocas que fundaram os aprendizados do curso ao convocar, para este espaço-tempo de interlocução, os outros públicos da Escola e do Parque. Estende, assim, aos visitantes e participantes da exposição, algumas das perguntas que a conformaram: o que podemos aprender no exercício de expor? Pode uma exposição ser uma escola? Prorrogar o curso por meio de uma exposição em cinco cortes – e assim permanecer no Parque Lage – é um gesto político. Assentar, em um dos bairros de maior IDH (índice de desenvolvimento humano) do Rio de Janeiro, pessoas que historicamente apenas transitam por esse território é um desdobramento da campanha EAV para TODES. Organizada pelas integrantes dos cursos de formação de artistas ofertados gratuitamente pela Escola de Artes Visuais, o projeto mobilizou a própria instituição e a sociedade em prol do levantamento de fundos destinados à permanência dessas artistas em formação – ou seja, a garantir transporte e alimentação às participantes. Nesse esforço, endereçou publicamente a incontornável e inadiável necessidade de justiça social e de reparação histórica das assimetrias que constituem o Brasil e, como tal, a arte que aqui se faz e se legitima. Por isso, em seu processo de ocupação e de imantação do Parque Lage, Estopim e segredo reverbera algumas das nevrálgicas perguntas da EAV para TODES: como chegamos até aqui? E, fundamentalmente, como permanecemos neste lugar? Se esta edição do curso de Formação e Deformação teve como pontos de partida os termos emergência e resistência – tomados de empréstimo da exposição Espaço de Emergência, Espaço de Resistência (EAV, 1978), que documentava os três anos iniciais de atuação da Escola –, decerto os processos experimentados pela coletividade que pedagógica e afetivamente o constituiu em 2019 são a evidência de que persistimos a despeito do período de retrocessos que a cultura e a educação têm enfrentado. Forças que eclodem em estado de urgência e de luta. É pelo desejo de salvaguardar e estimular tais forças que esta exposição opera por cortes. Como na poda de uma árvore, num parto ou na edição de um filme, os cinco cortes que se seguirão darão a ver – e a brotar – existências prenhes de singularidades. Celebrando o estar e o aprender juntas, o que se forma e se deforma em coletividade, articulamos autorias individuais e coletivas num regime de respeito às diferenças, aos inegociáveis e, por vezes, aos segredos que nos tornam tão estranhas quanto cúmplices. clarissa diniz, gleyce kelly heitor e ulisses carrilho coordenadoras e interlocutoras do curso Formação e Deformação – Emergência e Resistência
gestao
Fabio Szwarcwald
Usuário
memoria lage