Ducha é artista carioca profundamente interessado na vida semi-nômade ao ar livre. Formado em pintura pela UFRJ, fez parte da ação pública “Atrocidades Maravilhosas” em 1999 e do Prêmio Interferências Urbanas de 2000 com o Projeto Cristo Redentor. Ex-aluno da EAV e professor do seminário Reynaldo Roels em 2016. Participou em diversas exposições coletivas, a destacar “Panorama da Arte Brasileira” nos anos de 2001 e 2011 em São Paulo, “10 anos de Capacete” na Friedrich Petzel Gallery NY em 2008 e duas individuais, uma no espaço Agora/CAPACETE em 2000 e outra na galeria A Gentil Carioca em 2005. Escalador desde 1995, certificou-se guia de escalada em rocha em 2011
Apoio / Realização
AMEAV, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Biografia
Ducha apresenta uma fala livre sobre um fenômeno cultural Tupi-guarani chamado “chenga ruvara”. Se trata de um saudação lacrimosa que foi observada por inúmeros viajantes e antropólogos, entre eles os franceses Jean de Lery (autor de “Viagem a Terra do Brasil“ escrito em 1578) e Pierre Clastres (autor de “A crônica dos índios Guayaki“ de 1975), que serão os pontos de partida para a conversa desenrolar. A fala é fruto da pesquisa do artista sobre caçadores coletores sul americanos e de uma curiosidade genuína sobre as estruturas políticas e os arranjos sociais do povo Aché do atual Paraguai, desde os tempos das visitas de Clastres (1963) até os dias atuais. Ducha vai narrar esse ritual emocional-instintivo que continua até hoje sendo performado entre os Ache e outros grupos (até de outros troncos linguístico-culturais), e mostrar um vídeo recente de uma líder comunitária Ache performando o chenga ruvara em 2017.