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Metadados
Título
Voal da exposição 'Tom Burr. Hélio-Centricidades: Coda'
Número de Registro
BREAVFS-0309
Fundo
Data e Local
3/11 a 8/12 de 2019
Suporte
Setor / Local
Espécie Documental
Participantes
Tom Burr
Formato
Forma
Original
Cromia
Outras Inscrições
A Escola de Artes Visuais do Parque Lage tem o prazer de receber a exposição do artista Tom Burr (EUA, 1963) em suas Cavalariças. Nas últimas três décadas, Burr trabalhou com as formas rígidas da arte minimalista e abstrata por meio de uma pesquisa que evoca intimidade, muitas vezes em relação com personalidades específicas – neste caso, Hélio Oiticica (1937-1980). As esculturas, colagens e textos críticos de Tom Burr reconsideram a tradição escultórica ao lidar com os supostos limites entre público e privado, e questionam noções de neutralidade. Ao ocupar um lugar queer, Burr interroga dinâmicas de poder inerentes à cultura, criando objetos e instalações que buscam engajar o corpo do espectador. Cerca de um ano depois da abertura da exposição censurada Queermuseu, Hélio-Centricidades: Coda dá continuidade ao interesse do Parque Lage em uma leitura crítica, emancipatória e insubordinada da história da arte. Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Apoio / Realização
AMEAV, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Auroras.
Biografia
Exposições tem a ver com expor-se. Elas expõem espaços, objetos e ideias sob intensa luz para o escrutínio do olhar do público. Artistas têm exposição, atenção garantida, por meio do jogo de se fazer uma exposição, enquanto também atuam em uma rede de expectativa e desejo: mostrar, conectar, revelar, expor. Artistas são expostos. Eu sou exposto. E tenho fantasias sobre me expor para você enquanto seguro um espelho para expor você de volta. Hélio-Centricidades: Coda foi feita para ser um encontro amoroso entre o espaço expositivo, Hélio Oiticica e eu. Por meio de modos de influência e mimetismo, e de perder-se um no outro – outro objeto, outro corpo, outro cérebro –, eu queria colidir parcialmente aquilo que faço com o que Oiticica fez, borrando assim as linhas entre nossos eus e expondo nossas afinidades e distâncias. No auroras, em São Paulo, onde o projeto começou, trabalhei e dormi durante o mês de março em quartos que ficavam logo acima do espaço expositivo. Como antes aquele era um espaço doméstico, há ali uma intimidade persistente que marcou o trabalho. Há também uma rigidez de contenção e proteção, e uma ansiedade específica do dentro versus o fora do embrulho da casa, que também afetou meus pensamentos. No Parque Lage, também existe um legado de propriedade privada, mas há ainda uma fluidez arquitetônica no local, e me vi considerando as várias salas e corredores formados por passagens e aberturas complexas na paisagem da floresta do parque adjacente – potenciais espaços para mostrar, conectar, revelar, expor – junto aos espaços institucionais da escola. Vaguei pelos dois, e imaginei como os corpos se transformam de um a outro, em quem é possível transformar-se, e quais exposições específicas estão em jogo. Tom Burr
gestao
Fabio Szwarcwald
Usuário
memoria lage