Item
[Fotografias do corte 4, da exposição ‘Estopim e segredo’]
Documentos
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pdf-BREAVSEC-0008
A travessia não é a mesma para todes e muito menos as estruturas que esbarramos. Estruturas que podemos desejar alcançar ou simplesmente destruir.Não é fácil colocar as coisas em perspectiva. Nos agarramos ao que é mais confortável para nós e depois que tomamos partido, escolhemos lados, precisamos quebrar mil barreiras dentro de nós para conseguir enxergar uma situação por mais de um ponto de vista.Pôr as coisas em perspectiva não é necessariamente abrir mão da nossa opinião. Problematizar não é sempre ter repulsa. Deboche não é sempre desrespeito. Bom que às vezes seja também, porque nem tudo é para ser respeitado.Entendemos que para viver bem com a autonomia do outro, sem surtar, precisamos abraçar a complexidade dos seres e das situações. Quisemos nos perguntar aqui o que a autonomia no fazer artístico dos nossos pares tem a nos ensinar sobre a nossa própria prática. Nossas experiências artísticas estão dispostas a reavaliar e reinventar o comum a partir de aspectos e compromissos não hegemônicos, expandir a definição e alargar os limites das possibilidades de vida na arte.Ser objetivo, subjetivo, direto, falar nas entrelinhas, criticar o sistema, criticar a obra, ver a cidade que é água, passar a mensagem, guardar o segredo, ouvir. Chegar em conclusões, consciente, atente, e com tranquilidade para colocar fogo em tudo, ou só observar o pavio apagado. Realizar a necessária ressignificação dos termos e também criar expressões novinhas em folha.Sabemos onde queremos chegar, estamos pensando sobre como fazê-lo e quisemos deixar o caminho aberto para que você também pense sobre isso.
Metadados
Título
[Fotografias do corte 4, da exposição 'Estopim e segredo']
Descrição
A travessia não é a mesma para todes e muito menos as estruturas que esbarramos. Estruturas que podemos desejar alcançar ou simplesmente destruir.Não é fácil colocar as coisas em perspectiva. Nos agarramos ao que é mais confortável para nós e depois que tomamos partido, escolhemos lados, precisamos quebrar mil barreiras dentro de nós para conseguir enxergar uma situação por mais de um ponto de vista.Pôr as coisas em perspectiva não é necessariamente abrir mão da nossa opinião. Problematizar não é sempre ter repulsa. Deboche não é sempre desrespeito. Bom que às vezes seja também, porque nem tudo é para ser respeitado.Entendemos que para viver bem com a autonomia do outro, sem surtar, precisamos abraçar a complexidade dos seres e das situações. Quisemos nos perguntar aqui o que a autonomia no fazer artístico dos nossos pares tem a nos ensinar sobre a nossa própria prática. Nossas experiências artísticas estão dispostas a reavaliar e reinventar o comum a partir de aspectos e compromissos não hegemônicos, expandir a definição e alargar os limites das possibilidades de vida na arte.Ser objetivo, subjetivo, direto, falar nas entrelinhas, criticar o sistema, criticar a obra, ver a cidade que é água, passar a mensagem, guardar o segredo, ouvir. Chegar em conclusões, consciente, atente, e com tranquilidade para colocar fogo em tudo, ou só observar o pavio apagado. Realizar a necessária ressignificação dos termos e também criar expressões novinhas em folha.Sabemos onde queremos chegar, estamos pensando sobre como fazê-lo e quisemos deixar o caminho aberto para que você também pense sobre isso.
Número de Registro
BREAVSEC-0008
Data e Local
29 de janeiro a 10 de fevereiro de 2020, Rio de Janeiro, Brasil.
Suporte
Setor / Local
Espécie Documental
Curador / Organizador
Coordenação: Clarissa diniz, Gleyce kelly heitor, Ulisses carrilho.
Participantes
ana almeida, camilla braga, carla villa-lobos, matheus bastardo e mulambö
Gênero
Formato
Forma
Original
Cromia
Apoio / Realização
Ameav, secretaria de cultura e cidadania rio de janeiro, Furnas.
Biografia
ESTOPIM E SEGREDO é uma exposição coletiva proposta pela turma de 25 bolsistas do Programa de Formação e Deformação Gratuito – Emergência e Resistência. Como uma anti-conclusão, a mostra não desfecha o curso, mas o mantém em aberto através da invenção de outras formas de habitá-lo. Com uma abertura e um encerramento coletivos entremeados por cinco cortes durante os quais as cavalariças do Parque Lage serão ocupadas por pequenos grupos das artistas do programa, Estopim e segredo estende-se até março de 2020 em estado de contínua criação: desta vez ampliando as escutas e as trocas que fundaram os aprendizados do curso ao convocar, para este espaço-tempo de interlocução, os outros públicos da Escola e do Parque. Estende, assim, aos visitantes e participantes da exposição, algumas das perguntas que a conformaram: o que podemos aprender no exercício de expor? Pode uma exposição ser uma escola?Prorrogar o curso por meio de uma exposição em cinco cortes – e assim permanecer no Parque Lage – é um gesto político. Assentar, em um dos bairros de maior IDH (índice de desenvolvimento humano) do Rio de Janeiro, pessoas que historicamente apenas transitam por esse território é um desdobramento da campanha EAV para TODES. Organizada pelas integrantes dos cursos de formação de artistas ofertados gratuitamente pela Escola de Artes Visuais, o projeto mobilizou a própria instituição e a sociedade em prol do levantamento de fundos destinados à permanência dessas artistas em formação – ou seja, a garantir transporte e alimentação às participantes. Nesse esforço, endereçou publicamente a incontornável e inadiável necessidade de justiça social e de reparação histórica das assimetrias que constituem o Brasil e, como tal, a arte que aqui se faz e se legitima. Por isso, em seu processo de ocupação e de imantação do Parque Lage, Estopim e segredo reverbera algumas das nevrálgicas perguntas da EAV para TODES: como chegamos até aqui? E, fundamentalmente, como permanecemos neste lugar?
gestao
Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
Usuário
memoria lage